O Brasil atravessa uma verdadeira guerra de desinformação, intensificada com a chegada da extrema-direita ao poder em 2018, com a eleição de Jair Bolsonaro. Esse grupo percebeu o poder da distorção de notícias disseminadas diretamente nas telas de celulares e computadores. Além de prejudicar o processo democrático, essa prática contribui para o empobrecimento intelectual da população. Informações falsas sobre medicamentos sem eficácia, alegações infundadas de fraude eleitoral e até acusações sem provas de crimes perversos são compartilhadas e impulsionadas — tanto com dinheiro público quanto privado — como se fossem verdades.
As bilionárias Big Techs lucram milhões com o impulsionamento de informações sabidamente falsas. Apesar dos danos causados ao país, essas plataformas continuam propagando esse tipo de conteúdo visando o lucro, até serem obrigadas por ordem judicial a removê-lo. Atualmente, existem grupos organizados que utilizam essa prática com intenções políticas e financeiras. Uma investigação da Polícia Federal resultou na abertura de um inquérito para apurar esquemas de disseminação em massa de mensagens falsas sobre as eleições.
Enquanto países como, Alemanha, Austrália, França e toda a União Europeia avançam na regulamentação das redes sociais, no Brasil, as Big Techs organizaram reuniões com partidos de direita para tentar barrar o PL 2630/2020 — a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet. Para isso, desafiaram a legislação brasileira por meio da desinformação. Em parceria com deputados e partidos que se beneficiam dessas práticas, essas plataformas impulsionaram a narrativa tendenciosa e falsa de que o PL 2630 representaria um suposto ato de censura à liberdade de expressão.
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